Evolução do mercado de moda
Podemos ilustrar o crescimento do setor observando o São Paulo Fashion Week, o maior evento do país que movimenta números crescentes de investimentos. Desde a primeira edição o evento já atraiu cerca de 1,8 milhão de pessoas. Ocorrendo duas vezes ao ano, o São Paulo Fashion Week movimenta no mínimo R$ 1,8 bilhões em negócios, gerando a cada edição mais de 5 mil empregos diretos e indiretos. A cada edição são investidos cerca de R$ 8 milhões no SPFW, sendo que a 29ª edição chegou ao número de R$ 13 milhões investidos.
O Brasil é o 6º maior parque têxtil do mundo, sendo o terceiro maior produtor de malhas e o segundo maior na produção de denim. Além disso, o país é auto-suficiente na produção de algodão. Referência nos segmentos jeanswear, homewear e beachwear, o país produz anualmente 9,8 bilhões de peças de vestuário.
As empresas de pequeno e médio porte representam quase 70% da produção, no entanto, a maior parte dos empregos do setor é gerada nas empresas de pequeno porte.
O recorte por público-alvo mostra que são as mulheres as grandes consumidoras de moda no país, correspondendo a 41% da produção, o público masculino 35%, a moda infantil 18% e a moda bebê, apenas 5%.
O crescimento do mercado de moda em Pernambuco, mais precisamente no Agreste, vem em alta sendo liderado pelas cidades de Caruaru, Toritama e Santa Cruz. Este mercado corresponde a 15% da produção de vestuário em números de peças, em todo o País, gerando assim 160 mil empregos em todo o estado de Pernambuco (JORNAL DO COMERCIO, 2009).
Atualmente, a indústria brasileira ocupa a sexta posição no ranking mundial de produtores têxteis e confeccionados. Os investimentos têm gravitado em torno de US$ 1 bilhão/ano, em máquinas, equipamentos, tecnologia, design e pesquisa. O setor também tem sido a verdadeira âncora da inflação, pois em mais de 13 anos de circulação do Real, a inflação medida pela Fipe foi pouco superior a 15%, contra uma inflação geral de