Evolução do Esporte

O Esporte vem se expandindo de forma muito rápida, tornando-se expressão hegemônica no âmbito da cultura corporal do movimento, e com isso sendo alvo de várias críticas. O Esporte Moderno, caracteriza-do pelo rendimento, surgiu a partir da regulamentação de jogos praticados em escolas públicas da Inglaterra. Com o seu desenvolvimento, passou a apresentar características como o rendimento, a competição, o record, racionalização e cientificização do treinamento e incorporar alguns princípios do capitalismo industrial. Em consequência deste processo de expansão, o Esporte se encontra hoje em um processo de diferenciação, ampliando seus conceitos e possuindo três manifestações: desporto performance, desporto participação, e desporto educação.
Primeiramente o esporte dividi-se em duas perspectivas: Esporte de alto rendimento ou espetáculo e esporte enquanto atividade de lazer. Estas perspectivas se diferem no ponto em que o esporte de alto rendimento aproxima o praticante ao mundo de trabalho pautado pelo desejo da vitória e maximização do rendimento, enquanto o de lazer é praticado visando saúde, prazer e socialização. No entanto, apresentam uma inter-relação, já que o esporte de alto rendimento fornece o modelo de atividades para grande parte do esporte de lazer, ambos são praticados nas mesmas instalações e os dois se manifestam no âmbito do lazer enquanto função social.
Entre as críticas pioneiras ao esporte, destaca-se a de Huizinga, quem em 1980 já advertia que o esporte corrompia uma das características fundamentais do jogo que é a espontaneidade, e as críticas das organizações de ginasticas e esportivas de trabalhadores europeus, que em 1913 criaram uma Internacional Esportiva com sede em Bruxelas, objetivando quebrar a exclusividade do esporte dos senhores, negar o princípio da competição tendo como princípio a solidariedade, contestar a utilização do esporte como arma dos dominantes para desviar a atenção da realidade política e criticar o esporte “burguês”