Acidentes envolvendo o derramamento de compostos oleosos tem sido alvo de inúmeras pesquisas, desafiando os profissionais que atuam na área. Desta maneira, metodologias visando a mitigação destes impactos se tornam necessárias. Os métodos de remediação de áreas contaminadas por compostos oleosos baseiam-se na capacidade de degradação microbiana, sendo denominados “biorremediação”. Entretanto a tipologia do solo impactado acaba por influenciar a eficiência de processos de remediação e biorremediação, tal como a atenuação natural. Objetivou-se avaliar a técnica supracitada em dois solos de diferentes granulometrias contaminados com biodiesel através da técnica de evolução de CO2 e extração de óleos e graxas. O solo utilizado no ensaio foi coletado no Campo Experimental de Geotecnia da UPF, a 1,2 metros de profundidade (horizonte B). Este por sua vez, é classificado como Latossolo Vermelho Distófico húmico. O solo arenoso utilizado é proveniente de uma jazida de subsuperfície localizada no município de Osório – RS. O contaminante utilizado foi o biodiesel puro de origem vegetal (B100). O solo argiloso teve sua umidade ajustada para 30% e contaminado com 4% de biodiesel. O solo arenoso teve sua umidade ajustada para 6% e contaminado com 4% de biodiesel. O monitoramento da atividade microbiana se deu através da produção de CO2 dos microrganismos presentes no solo contaminado, seguindo a metodologia da NBR 14293 (1999), sendo realizadas triplicatas de análise a fim de validar os resultados obtidos. As análises de óleos e graxas foram realizadas nos tempos 0, 15, 30, 60 e 90 dias de ensaio através do método de ultrassom. Para os resultados de extração de óleos e graxas, observou-se que no tempo 90 dias de ensaio, o processo de atenuação natural reduziu em 48% a contaminação no solo argiloso, enquanto no mesmo período apenas houve um percentual de 8,75% de degradação no mesmo período no solo arenoso. Tais efeitos acabam sendo associados à características químicas e físicas