Evolução das instituições e do Pensamento Político III
Esse desprendimento ocorre por diversas causas, como a vinda de sábios gregos para as cidades italianas, fugidos de turcos de Constantinopla, o contato com culturas não cristãs como a islâmica, por ocasião das Cruzadas, a chinesa, com as viagens de comerciantes genoveses como Marco Pólo, e as indígenas por ocasião dos descobrimentos marítimos, a valorização do pensamento puramente racional, em detrimento da observação da realidade concreta, etc. E tal desprendimento também ocorreu no campo político, com o movimento centralizador em torno dos monarcas que, com a ajuda da burguesia e da pólvora, acabaram com o poder dos senhores feudais. E com o poder na mão dos monarcas, foi tomado como modelo o sistema político do Império Romano, prestigiando os artistas renascentistas e os juristas que ensinavam o direito romano.
No Renascimento o pensamento político foi marcado por nomes como Nicolau Maquiavel e Jean Bodin, ambos a favor do absolutismo, e os utopistas Thomas More e Tomás Campanella.
Maquiavel, autor de duas obras que marcaram o cenário da Ciência Política moderna: O discurso sobre as décadas de Tito Lívio e O Príncipe, e considerado o fundador da Ciência Política moderna, acredita que o maior erro que um governante pode cometer é não se reportar ao estudo do passado e cometer os mesmos erros novamente. E entre suas inovações, ele usou o termo Estado para designar o que antes se chamava República. E ensina, em sua obra O Príncipe, que o governante deve ser temido e