Evolução das Caldeiras
Embora existam referências a vários dispositivos produtores de vapor, foi apenas quando a utilização de máquinas a vapor para obtenção de força motriz para as indústrias se começou a generalizar que as caldeiras para a produção do mesmo começaram a evoluir, numa busca do melhor aproveitamento possível da energia fornecida pelo combustível. Na sua origem as caldeiras eram idênticas às actuais panelas de pressão, recipientes metálicos, cilíndricos, sendo a chama colocada por baixo deles.
Apenas a utilização de carvão permitiu a este tipo de caldeira produzir vapor em quantidade suficiente para accionar máquinas, já que o baixo poder calorífico da lenha levou ao fracasso as experiências primitivas.
O primeiro aperfeiçoamento foi a caldeira tipo cornualha, em que o fogo é feito no interior de um tubo que atravessa o cilindro de água, são caldeiras de grande volume de água e de rendimento ainda relativamente baixo, ainda que este possa ser um pouco melhorado enrugando a parede do tubo, ou mesmo dispondo dois tubos de fogo independentes no interior da caldeira. (Figura 1)
Nos fins do século XVIII e início do século XIX, evoluem, aparecendo tubos de retorno para os fumos, para aumentar a superfície de troca de calor. Estas caldeiras levam gradualmente às caldeiras de tubos de fogo (Figura 2).
O passo seguinte foi o aparecimento das caldeiras de tubo de água, como a que se mostra na figura 3.
Para a utilização do vapor na movimentação de turbinas, é essencial que este esteja completamente seco, ou seja, não contenha qualquer água no estado líquido.
Para conseguir vapor seco, o vapor é reenviado para a caldeira, onde atravessa um conjunto de tubos conhecido por sobreaquecedor. Consegue-se assim vapor que, mesmo às altas temperaturas, pressões e velocidades a que atinge a turbina, não danifica as suas pás. [FB]