Evolução da zootecnia com arte
2.1 Zootecnia como arte
As evidências acumuladas durante os últimos anos indicam que a agricultura provavelmente teve suas origens no Oriente Médio, embora, ao contrário do que se supunha, não nos vales férteis da Mesopotâmia, que se tornariam centros importantes da primitiva civilização, mas sim nas regiões montanhosas e semi-áridas próximas. Datas determinadas para foices de sílex e moinhos de pedras lá descobertos indicam que antes de 8.000 anos a.C. o homem provavelmente começou a colher grãos naturais e há provas de que, cerca de mil anos depois, já cultivava esses grãos e possuía animais domésticos (Heiser Júnior, 1977). Segundo Domingues (1981), uma das primeiras realizações do homem primitivo foi criar animais, concomitante ao cultivo dos vegetais, quando deixou de ser nômade (caçador e pescador) e se tornou sedentário, passando a ser pastor e agricultor. Isto na idade da Pedra Polida, cerca de 7.000 anos a.C.
Inicialmente, o homem criou animais para satisfazer seu totemismo (zoolatria = adoração aos animais), em seguida, com a indisponibilidade de alimentos espontâneos próximos às aldeias, passou a utilizá-los como alimento e, por último, com os rigores climáticos ou intempéries, para proteção.
2.2 Zootecnia como ciência
A distinção formal entre o cultivo de vegetais e a criação de animais se deu em 1844, quando o Conde Adrien de Gasparin publicou o livro "Cours d'Agriculture", separando definitivamente o estudo dos vegetais cultivados do dos animais criados pelo homem. O estudo do cultivo dos vegetais já era conhecido com o nome de Agricultura. Para o estudo da criação dos animais domésticos, o autor propôs o termo “Zootechnie”, do grego: zoon = animal, e technê = arte.
Em 1848, com a instalação do Instituto Agronômico de Versailles, em Paris, foi adotada a distinção proposta pelo Conde Adrien de Gasparin e para o ensino teórico da exploração dos animais domésticos foi estabelecida