Evolução da tecnologia industrial
Max Lucado
1ª PARTE: Os Xulingos
Os Xulingos eram pequenos seres, feitos de madeira. Toda essa gente de madeira tinha sido feita por um carpinteiro chamado Eli. A oficina onde ele trabalhava ficava no alto de um morro, de onde se avistava a aldeia dos Xulingos.
Cada Xulingo era diferente dos outros. Uns tinham narizes bem grandes, outros tinham olhos enormes. Alguns eram altos, e outros bem baixinhos. Uns usavam chapéus, outros usavam casacos. Todos eles, porém, tinham sido feitos pelo mesmo carpinteiro e moravam na mesma aldeia.
E o dia inteiro, todos os dias, os Xulingos só faziam uma coisa: colavam adesivos uns nos outros. Cada Xulingo tinha uma caixinha com adesivos dourados, em forma de estrela, e uma caixinha com adesivos cinzentos, em forma de bola. Em toda a aldeia, indo e vindo pelas ruas, os Xulingos passavam dia após dia colando estrelas e bolas uns nos outros.
Os mais bonitos, feitos de madeira lisa e tinta brilhante, sempre ganhavam estrelas. Mas, se a madeira era áspera ou se a tinta descascava, os Xulingos colavam bolas cinzentas.
Os Xulingos que tinham algum talento também ganhavam estrelas.
Alguns Xulingos, porém, não sabiam fazer muita coisa. Esses ganhavam bolinhas cinzentas.
Marcinelo era um desses. Ele tentava pular bem alto como os outros, mas sempre caía. E, quando caía, os outros Xulingos se juntavam à volta dele e lhe davam bolinhas cinzentas.
Às vezes, quando caía, sua madeira ficava arranhada, e, assim, os outros colavam mais bolinhas cinzentas nele.
Aí, quando ele tentava explicar por que tinha caído, dizia alguma coisa do jeito errado, e os Xulingos colavam mais bolinhas cinzentas nele.
Depois de algum tempo, Marcinelo tinha tantas bolinhas que nem queria sair de casa. Tinha medo de fazer alguma bobagem, porque os Xulingos iriam colar nele mais uma bolinha.
- Ele merece ficar coberto de bolinhas cinzentas – as pessoas de madeira diziam umas às outras. – ele não é um bom Xulingo.
Depois de algum