Evolução da pessoa na saúde
Até ao século XIX, os profissionais de saúde consideravam que as doenças se deviam aos microrganismos presentes no ar, na água, nos alimentos e nos excrementos. A prevenção da doença passava pelo controlo do meio ambiente, de onde provinham os miasmas, causadores de grandes epidemias. Com o renascimento, dá-se a primeira revolução da saúde, em que a medicina torna-se cada vez mais científica e tecnológica, permitindo um maior controlo sobre as doenças, melhor qualidade de vida mas, no entanto, aumentam as doenças crónicas. Surge assim o modelo biomédico (teoria do germe), em que se associava determinada doença a um microrganismo específico. A revolução industrial introduz mudanças acentuadas na sociedade, o que provoca uma grande vaga de imigração e origina epidemias e pragas. Assim, surge a necessidade de se criarem medidas de saúde pública e uma maior implementação do modelo biomédico. A prevenção passava pelo controlo do agente infecioso, alterando as condições ambientais. No início do século XX, surge uma nova epidemia, a epidemia comportamental
(segunda revolução da saúde), em que o foco passa a ser a saúde e não a doença. O comportamento das pessoas influenciava o aparecimento da doença. Na década de 60-70, surge o modelo biopsicossocial, em que se assume que as pessoas têm um papel ativo na saúde e na doença. As pessoas interagem umas com as outras, sendo as próprias transmissoras dos germes, através da saliva, respiração e proximidade. Assim, o comportamento humano passa a ser a principal causa de mortalidade e morbilidade. O comportamento de saúde é um comportamento que tem como objetivo prevenir o aparecimento de uma doença. O comportamento de doença é o comportamento que visa tratar a doença e ficar saudável, procurando um tratamento. A medicina comportamental é um campo de interesse multidisciplinar que se dedica ao desenvolvimento e integração de conhecimentos e técnicas provenientes das ciências