Evolução básica
A maneira mais simples de definir evolução é a que se refere a modificações que os seres vivos experimentaram – e ainda experimentam – ao longo do tempo. Decorre desta afirmação a ideia de que as espécies que hoje existem na Terra não são as que sempre existiram. Mais ainda: as espécies atualmente existentes resultaram de um longo processo de mudanças ocorridas em seus ancestrais, mudanças estas que alteraram os seus organismos, permitindo-lhes não só adaptar-se aos ambientes em que viveram como sobreviver e dar origem a novas gerações.
Embora correta, a simples ligação da evolução à noção de modificação das espécies não é de todo precisa. Importa ressaltar que não existe evolução de um só indivíduo. Modificações que ocorram em um organismo só serão úteis ao processo evolutivo se puderem ser transmitidas hereditariamente, passando de uma geração a outra e, portanto, se envolverem vários indivíduos de uma mesma espécie.
Lembrando-nos que indivíduos de uma mesma espécie constituem uma população, veremos que o conceito de evolução biológica se aplica, unicamente, a populações e a mudanças hereditárias que possam ser transmitidas às próximas gerações. A evolução biológica permite a formação de raças e novas espécies e explica a origem de todas as espécies vivas e extintas.
O fixismo
Damos o nome de fixismo à ideia de que os seres vivos são fixos e imutáveis. Para o fixismo, a evolução biológica jamais se verificou: os seres vivos atualmente conhecidos são os que sempre existiram na Terra, desde os seus primórdios.
Proposto pelo naturalista francês Georges Cuvier (1769-1832), o fixismo foi aceito sem contestação até o século 18, fundamentando-se na ideia da criação de todos os seres vivos a partir de um poder divino. A partir da segunda metade do século 18, no entanto,