Evoluçao de enfermagem
Cuidados Paliativos, a Terceira Via entre Eutanásia e Distanásia: Ortotanásia
Dr. André Borba Reiriz1 • Ronei Pacheco Scatola2 • Viviane Raquel Buffon2 • Carine Motter2 Deize dos Santos2 • Alexandre Schio Fay2 • Jonas Ceron2 • Cristiane Knob2 • Fernanda Franciele da Silva2 • Thiago Cusin2 • Marcela Ferreira Meira2 • Luciane Dalcin2
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uidado paliativo é a prática multiprofissional que visa oferecer ao paciente terminal um atendimento envolvendo os aspectos físicos, emocionais, sociais e espirituais, objetivando atingir a melhor qualidade de vida possível para os pacientes e suas famílias. Sua prática começou em Roma no ano 400 d.C. Em 1997, no Brasil, foi fundada a Associação de Cuidados Paliativos e, hoje, o país conta com 30 serviços, que nasceram, na sua maioria, de serviços de dor dentro de hospitais. Assunto freqüente em cuidados paliativos e que merece atenção do profissional da saúde é sobre a bioética, na qual estão inseridos os temas eutanásia, distanásia e ortotanásia. Eutanásia pode ser traduzida como “morte apropriada ou boa morte ou, principalmente, um pedido de socorro que não foi atendido”. Pode ser ativa, na qual se provoca a morte sem sofrimento por fins misericordiosos, ou passiva, na qual não se inicia uma ação médica com o objetivo de diminuir o sofrimento. Os defensores dessa prática apontam como ponto principal a autonomia do paciente. Já para os críticos, a vida teria um valor sagrado, não podendo ser interrompida; além de pode-
Dr. André Borba Reiriz (à esq.), Viviane Raquel Buffon e Ronei Pacheco Scatola
1 - Orientador. Médico Oncologista Clínico do Hospital Geral de Caxias do Sul e Professor das Disciplinas de Oncologia, Fisiologia e Cuidados Paliativos da Universidade de Caxias do Sul. 2 - Acadêmicos do Curso de Medicina e Fisioterapia da Universidade de Caxias do Sul e Membros da Liga de Cuidados Paliativos da Universidade de Caxias do Sul.
Prática Hospitalar • Ano VIII • Nº 48 • Nov-Dez/2006 77