Evoluição das ciências políticas
A ciência é um tipo de saber que estabelece objetividade de validade universal. Objetividade significa que as pessoas referem-se do mesmo modo a aspectos da realidade ou fenômenos de outra índole. Isto naturalmente não quer dizer que toda espécie de conhecimento tornar-se-ia científico se dispusesse de uma linguagem bem elaborada, posto que as pessoas somente podem entender-se sobre esse ou aquele tema se o sentido das palavras não for impreciso e ambíguo. Pode-se mesmo dizer que os tipos de conhecimento são irredutíveis uns aos outros.
Além do conhecimento científico existe aquele ligado à vida comum. Embora alguns autores denominem-no de conhecimento vulgar, a expressão não tem conotação pejorativa. Trata-se de que não precisa obrigatoriamente ser rigoroso. Mas é vital à sobrevivência das pessoas. O conhecimento das cidades é essencial para os que nelas vivem. Pela complexidade da vida moderna, a venda de informações relacionadas à existência cotidiana tornou-se atividade relevante.
Em contrapartida, o conhecimento científico precisa ser rigorosamente sistematizado. Para diferenciá-lo de outras espécies de crenças, diz-se que se acha sujeito à refutação.
Segue-se o conhecimento filosófico. Obedece também ao princípio do rigor conceitual. Entretanto, dizendo respeito a esferas do real onde não pode ser estabelecida objetividade de validade universal, pressupõe, de forma inelutável, o pluralismo.
O conceito de ciência política é de origem recente. Aparece no título da obra de Gaetano Mosca (1858-1941) – Elementi de scienza política (1896). A meditação precedente acerca da política era geralmente classificada como filosofia política.
Em boa parte do século XX, sobretudo no mundo anglo-saxão, mas também em outros países, alguns autores nutriram a convicção de que a filosofia perderia a sua singularidade, podendo tornar-se um simples ramo do conhecimento científico. As correntes que nutriam tal convicção denominavam-se