Evolucao do pensamento economico
As práticas econômicas são bem anteriores ao pensamento econômico, ou seja, ao estudo da economia como ciência. Tal constatação se faz com a observação histórica de que o homem ao gerar excedente de produção, inicia também a prática econômica; a organização social trouxe consigo a necessidade de padronizar valores de troca e assim surgem as moedas e as primeiras instituições financeiras. Contudo o tratamento científico da economia ainda não existia.
São várias as evidências de que moedas já circulavam pelo mundo por séculos antes de Cristo. Após a queda do Império Romano, o mundo ocidental teve sua dinâmica econômica introvertida em função do Feudalismo.
A transição do mundo feudal para o mundo capitalista marca o início dos estudos da ciência econômica. E a Revolução industrial foi o marco histórico mais importante neste processo que “tirou” o homem do meio rural e o “colocou” no meio urbano. No momento anterior o homem era produtor e no momento posterior o homem passa a vender a sua força de trabalho em troca de salário para sobreviver. As relações sociais mudaram radicalmente, tanto que é a Revolução Industrial iniciada na Inglaterra em meados do século XVIII (+/- 1750 D.C.) que marca o início da chamada Idade Contemporânea.
As instituições fabris empregavam trabalhadores de forma intensiva, jornadas de 16 horas de trabalho eram normais naquele tempo e a população operária vivia uma situação miserável, como exemplifica o texto abaixo, extraído de História da Riqueza do Homem (Huberman, Leo), que trata do depoimento de um trabalhador da época:
“Pergunta: Tem filhos?
Resposta: Não. Tinha dois, mas estão mortos, graças a Deus!
Pergunta: Expressa satisfação pela morte de seus filhos?
Resposta: Sim. Agradeço a Deus por isso. Estou livre do peso de sustentá-los, e eles, pobres criaturas, estão livres dos problemas desta vida mortal.”
O Estado, por sua vez, continuava com sua vocação totalitária de cobrador de impostos, assim