EVOLUCAO DA HISTORIA COMO DISCIPLINA
Antiguidade: termo grego que significava pesquisa, observação
Era usada para qualquer pesquisa empírica (sobre o movimento dos astros no céu)
Não restrita apenas ao estudo do passado
Heródoto, Tucídides, Políbio – rigor metodológico
Preocupação em narrar os fatos, baseado em depoimentos e documentos
Relato racional e agradável
Lembrança dos grandes feitos
Idade Média: historiadores avalizados pela Igreja – mais teólogos do que propriamente historiadores
Necessidade de registrar as ações de Deus na humanidade
História linear: criação, encarnação de Deus, juízo final
Narrativa baseada na fé: Deus e seus desígnios
Busca de valores eternos e intemporais
Idade Moderna: em 1500 a cultura popular era uma cultura de todos
“As pessoas instruídas também participavam dela. Ela era uma segunda cultura para os instruídos e a única cultura para todos os outros. A cultura letrada, esta sim, sempre foi de acesso a poucos” (Burke. A Cultura popular na Idade Moderna, p. 291)
Clero, nobreza e burguesia queriam modificar atitudes e valores do restante da população (artesãos e camponeses) As tradições eram difíceis de serem mudadas, o que acarretou um distanciamento das elites cultas em relação às práticas populares
Primeiro momento: instruir e mudar atitudes e concepções erradas de gentes incultas
Segundo momento: retirada e distanciamento – havia uma fascinação em relação aos traços da cultura popular, mas ao mesmo tempo havia uma condenação deles como fatos irracionais
O Renascimento reforçou a elitização da história, como uma área do conhecimento responsável por instruir e moldar as novas gerações
Século XVI: fatos ou textos considerados autênticos depois de minuciosa verificação
Época da redescoberta dos textos antigos e da canonicidade dos textos sagrados (autenticidade)
O jesuíta Daniel de Papenbroeck pôs em dúvida alguns documentos beneditinos
Estes foram defendidos por Jean Mabillon que, para tanto, acabou publicando o clássico tratado “De