EVANGELISTA, Olinda & LIMA, Silvia. Fernando de Azevedo; Sociólogo e educador.
As autoras apresentam a sociedade brasileira na década de 20 – 30 como um período de mudança nos modos de produção, de uma economia agrário-exportadora a uma baseada na indústria. Esse movimento foi acompanhado de transformações a nível social e político, o poder oligárquico foi desestruturado, acomodaram se frações burguesas e se produze a centralização do Estado.
A modernização caracteriza se por ser um processo urbano e industrial no qual “segmentos da população urbana e a intelectualidade brasileira envolvam-se, também, na busca de alternativas para a modernização da estrutura do Estado, para a formação da nacionalidade” (EVANGELISTA e LIMA, 2008, p. 8). Nesse clima de mudanças acontecem muitas transformações a nível político e cultural, algumas de elas são: a organização das Ligas de defensa e as Ligas Nacionalistas, fundação da revista Brasileira, ocorreram as greves operárias e Semana de Artes Moderna entre outras.
Azevedo1 afirmou que o “clima social” da época foi “propicio para um processo revolucionário” que o povo acompanhou.
As autoras apresentam também o lugar que tocava ocupar segundo Azevedo a elite2 (os sábios), encarregada da condução do povo para manter a ordem estabelecida e produzir valores, onde a educação cumpria uma função fundamental, à escola tocava lhe organizar se de acordo com a crescente divisão do trabalho. A centralidade pelo controle da educação representava a disputa pela organização política da sociedade, a elite dirigente3 considerava a educação o mecanismo pelo qual poderia se alcançar o projeto nacionalista, “moldar as mentes das classes perigosas” (os negros libertos e seus descendentes).
Azevedo referente na reforma educativa á entende como agenciadora de uma nova moral “ao mesmo tempo em que propiciaria ao individuo desenvolver suas