Evangelho urbano
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O que chama a atenção na leitura dos Evangelhos é que grande parte de sua ação se dá nas ruas, praças, lugares públicos ou mesmo comerciais. Jesus era urbano, sabia como lidar com os moradores de uma grande cidade. Ele sabia do estresse, da correria, da violência e acima de tudo da solidão em que viviam as pessoas. </div>
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Tinha um tato especial com aqueles que eram rejeitados, os que ficavam a beira das ruas, desempregados ou tantos outros que dependiam de uma forma de trabalho menos “honrada” para sobreviver. Acordava cedo, como muitos em nossas grandes cidades. As vezes não tinha tempo para comer, como muitos executivos, vendedores e anônimos que circulam em nossas ruas. </div>
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O maior dos Rabis gostava de estar com as pessoas, gostava dos mais simples: mulheres, idosos e crianças. Mas nem só de correria era sua vida. Ele estava nas casas, nas igrejas, nos encontros sociais. Posso imaginá-lo cercado de pessoas, sorrindo e conversando avidamente com seus amigos mais próximos. Era justamente nesses encontros que Jesus captava e cativava a atenção de todos. </div>
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A voz de Jesus era por certo o som mais agradável para se ouvir. Imagine os mudos agora podendo ouvir algo. Imagine os idosos sendo alegrados por um jovem Rabi. Pense nas crianças sorrindo depois de um carinho de Jesus. Gosto de pensar em Jesus ao fim da tarde. Com certeza cansado e com seus discípulos, indo para casa e ainda assim tendo palavras de ânimo e alegria.</div>
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O ambiente urbano onde Jesus viveu era talvez semelhante ao nosso. Jovens rebeldes, idosos abandonados, crianças maltratadas, trabalhadores ao fim do expediente cansados e presos no trânsito. Aqueles, os que moraram na palestina,