1. INTRODUÇÃO Atualmente, com os avanços da medicina moderna, o homem vem buscando, cada vez mais, achar por meio dos conhecimentos científicos e tecnológicos, formas de adiar ou vencer a morte. Em contradição a isso, o que tem acontecido muitas vezes é o aumento da angústia de uma pessoa, quando em condição de terminalidade, ela é retirada do seu convívio familiar e levada para um leito de hospital onde precisa abrir mão de sua privacidade e conforto. Nesses casos são onde o paciente necessita de cuidados paliativos, e que na realidade, essa assistência não é posta em prática a rigor. Muitas vezes o paciente, mesmo em fase terminal, é submetido a procedimentos e tratamentos dolorosos e fúteis como uma forma de negação à morte. Essa negação parte, em muitos casos, de familiares e/ou pessoas muito próximas, sem preservar a autonomia do paciente. Esse desrespeito à vontade do paciente soa também como um despreparo da família para aceitar a condição de perda do seu ente-querido, apontando uma deficiência do serviço de saúde em prestar cuidados paliativos de qualidade. Os cuidados paliativos são prestados aos pacientes cujos recursos para a cura da doença se esgotaram. Então a atenção é focada para o conforto e bem- estar do paciente, proporcionando a ele o direito de ter uma morte com dignidade, ou seja, passar seus últimos dias cercados de carinho, amor e atenção para que não se sintam sozinhos nessa fase de transição entre a vida e a morte. Com isso, permitindo que ele decida onde e como morrer, preservando sua autonomia, e privando-o de dor e sofrimento inútil (SANCHES, SEIDL, 2013). No presente trabalho, iremos trazer conceitos acerca de eutanásia e ortotanásia, enfatizando os aspectos éticos da atuação do profissional de enfermagem, pois é primordial que a equipe de saúde esteja preparada para agir de forma que não conduza ou influencie a decisão de familiar e paciente nesse momento de fragilidade e seja capaz também de prestar um atendimento humanizado