Eutanasia
Entende-se como Eutanásia a abreviação da vida de um doente incurável de maneira controlada e assistida por profissionais de saúde.
História da Eutanásia
Desde a antiguidade o assunto já era discutido de maneira calorosa. Os Celtas tinham por hábito a morte dos pais, quando já velhos e doentes, pelas mãos dos filhos. Já na Índia, doentes desenganados eram levados até o Rio Ganges onde eram atirados com as narinas e bocas obstruídas por barro.
Na Grécia Antiga, berço de grandes pensadores da humanidade, o assunto vira tema de inúmeras discussões. Alguns filósofos como Platão, Epicuro e Sócrates defendiam o suicídio em caso de sofrimento proveniente de alguma doença dolorosa. Já Aristóteles, Pitágoras e Hipócrates eram totalmente contra a prática.
O assunto esbarra em problemas de bioética, já que o maior preceito da medicina é a manutenção da vida, e em problemas de biodireito, uma vez que o Estado tem por obrigação manter a vida das pessoas e não tirá-la.
Partindo do ponto da autonomia individual, a Eutanásia seria um meio digno de ceifar o sofrimento de uma pessoa, sendo um caminho completamente consciente até o fim da vida.
O procedimento seria um bem individual e não da sociedade, já que a pessoa teria ao menos o direito de escolher o fim do próprio sofrimento, mesmo sendo o Estado e a sociedade contra os mecanismos de morte assistida.
Porém a vários argumentos contrários a Eutanásia. Do ponto de vista religioso, a pessoa não teria direito em pedir o fim da própria existência, partindo do ponto de que apenas Deus poderia decidir pelo caráter sagrado da vida.
Tendo em conta o Juramente de Hipócrates realizado pelos médicos, a prática se converteria em um homicídio, pois não caberia ao médico ser juiz da vida ou da morte de seu paciente. Caberia ao médico assistir o enfermo, lhe provendo todos os meios de subsistência e melhoramento da qualidade de vida.
Do ponto de vista legal a Eutanásia seria ir contra as obrigações do próprio