Europa Medieval
2.4. Política Feudal
No período de plenitude do feudalismo, notavam-se quatro instituições ou elementos básicos: o feudo, o suserano, o vassalo e o contrato feudal.
O feudo era um território que se doava: essa porção de terra era um instrumento rendoso para o doador, pois dele cobraria pedágio, obrigações, etc. O suserano era o nobre feudal que doava o feudo (o rei ou senhor que resolvesse desmembrar seus territórios). O vassalo era o senhor ou nobre feudal que recebia o feudo. O contrato feudal era o documento que regulava a doação do feudo, bem como os direitos e deveres (obrigações) do suserano e do vassalo.
A doação se processava em cerimônia solene, composta pelo ritual da "homenagem" e da "investidura". Na homenagem, o vassalo ajoelhava-se, colocando-se a serviço do suserano e procedia ao "juramento de fidelidade". Na investidura, o suserano entregava um símbolo que representasse o feudo (lança com uma flâmula, espada, ou anel).
Recebido o feudo, o vassalo passava a ter certas obrigações para com o suserano. As mais importantes eram:
• prestar-lhe auxílio militar;
• participar de seu tribunal;
• dar-lhe contribuições financeiras em algumas ocasiões (guerras, epidemias).
O suserano, por seu turno, obrigava-se a oferecer ao vassalo proteção militar e garantir-lhe certos direitos, entre os quais:
• administrar livremente o feudo;
• o direito de cobrar tributos (obrigações);
• cunhar moedas;
• ministrar a justiça (local).
Em síntese, durante a Idade Média, o poder estava nas mãos do rei e da nobreza feudal (alto clero e senhores), com o rei, o poder era de direito (herança), pois, de fato,
o poder político era exercido pela nobreza. Dessa maneira, as instituições políticas se apresentavam descentralizadas, marcadamente localizadas (localismo político/mandonismo).
2.5. Igreja Medieval
A Igreja Cristã tornou-se, ao longo da Idade Média, a maior instituição feudal do