Eucalipto no extremo Sul baiano
Vistoria realizada por equipe técnica da Semad (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), em abril deste ano, em empreendimentos da região, indicou que o problema pode ter origem no desmatamento para plantios de eucalipto.
As primeiras denúncias recebidas pela Amda atribuíram a seca do rio ao consumo excessivo de águas nos plantios. O laudo técnico concluiu, no entanto, que o consumo não era significativo, ao contrário dos plantios, que consomem mais água dos lençóis freáticos do que os mesmos. O laudo recomenda que não sejam “liberadas novas áreas para usos alternativos do solo na Chapada do Peruaçu quando não precedidos de estudos e monitoramento do rebaixamento do nível freático”.
As áreas de plantio, pertencentes a proprietários conhecidos na região como “paulistas”, ficam na parte alta do Peruaçu, que também é a parte mais plana da região, e por isso é responsável pela recarga das nascentes dos lençóis freáticos. E como o consumo de água na chapada do Peruaçu está sendo maior do que seu poder de recarga, o nível das águas do lençol diminuiu drasticamente, afetando as nascentes do rio Peruaçu, que é responsável pela manutenção do fantástico complexo de grutas cársticas do Parque Nacional Veredas do Peruaçu, atravessado pelo mesmo. A água do rio, fora do Parque, diminuiu consideravelmente e ele só não secou totalmente porque está sendo alimentando pelo rib.