Eu não sou a garota “dos sonhos”, mas “de sonhos”, apesar das pessoas normalmente não sonharem muito alto. Procuro devolver sorrisos sinceros, e me sinto uma tola acreditando em não verdades, mesmo sabendo que patético mesmo é quem mentiu. Busco o entendimento das coisas e de mim mesma, e estamos cada vez mais complexas. Creio que me mostrando eu me veja e me encontre, mas assim me perco. E talvez me perdendo eu trace um novo caminho, mais reto e mais certo. Devido à minha péssima memória eu me divirto repetidas vezes com caminhos iguais, mas alguns deles se desgastaram, a trilha já está tão definida, que torna a viagem desinteressante. Pode ser que consiga achar um novo caminho pra os fins dessas trilhas, e encontre a graça nas coisas que não mais a têm. Enquanto isso eu procuro crescer para descartar os maiores obstáculos que eu mesma criei. Deixando de ser quem eu era pra ser quem eu sou. Não vejo impossibilidade de ser mais do que eu sou, normalmente, sou mais do que eu, mas às vezes sou menos. Faço coisas sem fundamento, sentido ou querer, meus sentimentos não precisam de motivos, nem meus desejos de razão para ser. A fórmula certa é quanto mais amor, menos sentido, quanto menos sentido mais dor (os com noção de filosofia e/ou matemática chegarão a uma conclusão maior daí). Mudo de opinião, mas mantenho meus princípios. Não sendo muito feliz com as regras, pra mim o certo varia, talvez se fosse não erraria tanto, mas erro: por inocência, descuido ou maldade. Mas contínuo sem vícios e com defeitos, sem pressa e do meu jeito, eu continuo. Sempre errando, e nem sempre me corrigindo. Inspiro-me no abstrato e duvido do concreto, posso acreditar em contos de fada e contestar teses científicas. Tento ter cuidado nas alternativas, não aprecio opções convenientes, socialmente aceitáveis, preciso optar pelo que me faz vibrar. Gostando de coisas novas e pessoas antigas, brigando, brincando, me desiludindo e apaixonando. Imperfeita, cheia de desejos e sonhos,