Eu, mulher.
Certo dia li o post de uma “feminista” que dizia: Competição entre mulheres é construção social machista. Desconstrua. Somos todas putas. Inclusive eu.
Eu sou mulher, feminista, luto pelos meus ideais, faço o que quiser com minha vida e com meu corpo, não gosto de limitações, tenho uma vida sexual ativa, adoro sexo, mas não sou puta. Essa construção de mulher puta ou não, não é só rótulo que os homens impuseram, é a construção de uma mulher também, uma mulher que não aceita a liberdade da outra, que julga os atos de outra mulher, que para muitos aparentam ser de conduta divergente e quando reproduzimos que somos mulheres putas, estamos nos vestindo com esse rótulo. O respeito tem que vim antes de tudo da própria mulher. Ser puta, também é ser mulher, mas o fato de fazer e acontecer com o corpo, com a vida sexual, não deve servir de legenda para expressar nossa luta. Por que o feminismo tem apresentado uma visão distorcida? Antes de conhecer, estudar e fazer parte da luta das mulheres eu achava que todas as mulheres feministas eram lésbicas, usavam drogas e só pensavam em sexo e pensava isso, justamente, por ler postagens como essas em que a própria mulher se denomina uma “puta” por gostar de viver livre. “Quem nunca pensou isso que atire uma pedra!”
As mulheres competem? E se competem. Se eu não afirmasse isso não seria uma mulher e não estaria hoje lutando junto a elas. Mulheres competem com o espelho, com os homens, com outras mulheres, nos estudos, em concursos, no trabalho, dentro de todos nós, seres humanos, temos esse instinto competidor, por mais fraco que seja ele existe.
Vale frisar o conceito de mulher puta (quem em minha opinião não existe): ”Garota-de-programa. Mulher que vende o próprio corpo para prática de sexo.“ Ou seja, uma mulher com liberdade sexual (que dorme com vários homens e mulheres ou os dois, por prazer, por querer) com independência econômica, social, que manda em seu