eu eu mesmo
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“Era necessário que a religião cristã produzisse efeitos no domínio das artes plásticas?”[...] O cristianismos nasceu no seio de uma aliança que comportava como ponto constitucional essencial, a proibição absoluta das imagens, não importava de que tipo fossem, ainda que obtidas por acaso. Os cristãos, durante os primeiros séculos, não se consideravam dispensados do segundo mandamento, e toda vez que no decorrer dos séculos seguintes se ergueu uma inquietação sobre a liceidade das representações artísticas, o “não farás imagens entalhadas nem qualquer representação das coisas que estão no alto nos céus, que não estão aqui na terra” retomou eu sua trovejante majestade. Os artistas confeccionavam ídolos diante dos quais os mártires eram condenados, razão pela qual Tertuliano lhes recomenda, se querem converter-se, que mudem de ofício . [...] As imagens Santas multiplicaram-se com uma abundância extraordinária [...] Elas presidem aos jogos de hipódromo, marcham à frente exércitos. Choram, sangram, aparecem em sonhos, multiplicam os milagres [...] Eis-nos no limiar da grande querela das imagens, da guerra civil que durou de 730 a 843 e levou à destruição de todas as imagens, a imensas ruínas, a martírios inumeráveis. [...] O problema dogmático se subdividia em três questões. A primeira: Em que media o Filho é, no seio da trindade, o igual ao pai ou a imagem perfeita dele? A segunda: em cenose, na sua “forma de escravo”, na sua encarnação, o Verbo permanece a imagem perfeita, o logos divino?
A terceira: questão é: A imagem na prancha de madeira, isto é, o ícone, é ainda uma imagem verdadeira do Verbo encarnado e, por conseguinte, do verbo eterno? [...] Se pretende representar a natureza divina, o que é evidentemente um absurdo, isso suporia que a carne foi absorvida pela natureza divina e ele cai no monofisismo igualmente condenado.
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As respostas iconófilas compreendem três pontos. Primeiramente, e o