Etnomusicologia
Música popular pode ser alvo de estudos de comportamentos sociais, além de entretenimento.
Em seu processo de formação foram convergidos aspectos da música erudita (performance e poética), folclórica (danças, narrativas e jogos de palavra) e de cancioneiros (séc. XVIII e XIX – religião e revoluções).
O autor aponta que o desenvolvimento do capitalismo monopolista está intimamente ligado à formação desta vertente, visto que formaram-se as camadas médias urbanas, as quais procuram na música: lazer e cultura.
Um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento da música popular foi a dança de salão. Espetáculos dramático-musicais e execuções solo também fazem parte deste universo.
Não se pode segregar o erudito e o popular visto que a música, em geral, se relaciona com a história.
Richard Middleton organiza a história da música popular ocidental em 3 momentos, porém este padrão é mais presente nas culturas europeias. Nas latino-americanas há um hibridismo de todas as vertentes, formando um complexo musical diversificado. Aqui segue o panorama:
1) revolução burguesa: comercialização da música e proibição da musica de rua.
2) Cultura de massa e surgimento das indústrias de gramofone.
3) Pós 2a GM - Música: liberdade e autenticidade
O termo “música popular” surgiu no fim do séc. XIX, devido tensões sociais entre burguesia e classes médias + trabalhadores. A burguesia patrocinou a música erudita, pois esta fomentava seus padrões estéticos.
É preciso acabar com a dicotomia e hierarquia entre erudito e popular, visto que cada tipo de música tem uma função específica dentro de um contexto social.
Definições para esta variante musical: “inferior”, “o que não é folclórico ou erudito”, “produzida por grupos específicos” e “produto da massa média e comercial”. Nenhuma das definições é satisfatória ou completa, pois falta o contexto histórico e o sistema cultural específico do grupo social. Muitas