Etnográfia galeria do rock

UM OLHAR SOBRE ARTE, MÚSICA E CULTURA EM MEIO A GALERIA DO ROCK.

O dia da semana escolhido foi uma sexta- feira 19/10/12 por volta das 17:00 horas. Ao chegarmos à Galeria do Rock na rua vinte e quatro de maio, 62, famoso bairro da República no centro de São Paulo o que nos chama atenção no primeiro momento é sua arquitetura, luminosidade e movimentação. No segundo momento quando entramos percebemos que é um ambiente de diversos grupos e culturas. Vimos que os frequentadores não observavam uns aos outros, ou seja, não olhavam quem entrava ou quem saia; Como nós ou outras pessoas estavam vestidas; Não importava se fulano(a) A ou B usava chinelo ou se tinha cabelo roxo; Se era gordo ou magro; Feio ou bonito. Neste lugar não importava o tradicional, a mesmice, a rotina do dia-dia, mas sim o fora do comum, o radical, o diferente, um lugar onde cada um tem seu "próprio estilo".

Ao caminharmos e conhecendo os andares observamos atentamente o local, e aos poucos vamos percebendo que lá não necessariamente são lojas de CDs e DVDs, discos, vídeos, camisetas, acessórios, bandeiras, pôsteres, itens de decoração, salões de beleza, estúdios de piercing e tatuagem, dentre outros. Vai muito além de um simples comprar um tênis ou uma camiseta. Indiretamente as pessoas acabam se comunicando seja no agir, no expressar, no falar, representam uma arte em movimento.

Nos chama atenção algumas pessoas que vimos por lá na área do rock, por exemplo, uma moça com o cabelo no tom de Pink e tranças, usava uma boina na cabeça, piercing e tatuagem, subia as escadas com uma sacola na mão percebia-se que eram cervejas. Foi engraçado quando um casal se aproximou da vitrine de uma loja de bolsas, a moça perguntou para o namorado qual ele achava que combinaria com ela e se era bonita? Ao olhar para o lado viu que estava sozinha, e que seu companheiro estava do outro lado observando camisetas.

As pessoas andavam olhando para as vitrines, não olhavam para frente,