Etnografia urbana

Etnografia urbana: os problemas dos países da periferia do capitalismo

A etnografia urbana se divide em duas correntes: a primeira está focada nos aspectos desagregadores dos processos de urbanização nos países da periferia do capitalismo; a segunda foca seus estudos nos centros do sistema capitalista em um mundo onírico onde não há os graves problemas da periferia.
A primeira corrente estuda como o avanço dos grandes centros urbanos pode ser traumático e doloroso para aqueles que estão na periferia, à margem da sociedade, enfrentando o caos, os colapsos e as crises do crescimento urbano.
A urbanização da sociedade aconteceu de forma desigual em todo o mundo. O fato é que os distintos processos de urbanização ocorreram com o advento da industrialização e todos eles apresentam problemas tanto de caráter social quanto de caráter ambiental. Boa parte desses problemas não estão ligados somente ao processo de urbanização em si, mas também à má distribuição de renda e às contradições sociais.
Dentre os problemas urbanos, podemos falar da segregação urbana que consequentemente leva a muitos outros.
A especulação imobiliária favorece o encarecimento dos locais próximos aos grandes centros, tornando-os inacessíveis à grande parte da população. Além disso, à medida que às cidades crescem, áreas que eram baratas e de fácil acesso tornam-se mais caras, o que contribui para que a grande maioria da população busque por moradias em regiões distantes, periféricas.
Essas pessoas sofrem com as grandes distâncias entre residência e trabalho uma vez que são trabalhadores com baixo salário; incluem-se a isso as precárias condições de transporte público e a péssima infraestrutura dessas zonas segregadas que sofrem com a falta de saneamento básico, de energia elétrica, de água encanada,de asfalto,de centros de saúde,de escolas,etc, além de apresentar elevados índices de violência.
Sendo assim, pode-se dizer que o lócus desses estudos em que a etnografia urbana se baseia, são