etnofilosofia
Espero que esta nossa reflexão leve-nos a descobrirmos cada um segundo as suas capacidades e desejos que tipo de educação necessita a nossa realidade actual. A sociedade em que estamos inseridos, é uma sociedade polarizada pelo conflito entre os que possuem os bens, por conseguinte também o poder de decisão e aqueles que carecendo de bens, submetem-se ás regras que lhes são impostas. Nesta mesma óptica se encontra a dialéctica da educação na perspectiva do pobre e oprimido e aquela vista a partir de quem controla o mercado, a comunicação, enfim todos os meios e modos de produção.
Na verdade, todos nós sabemos que a história é um processo e como tal, continua.
A educação tradicionalista
Ao longo da sua história, a educação passa por grandes transformações em sua metodologia e também na forma de transmissão e assimilação de conhecimentos. Nas sociedades tribais a educação era difusa, ou seja, transmitida de pai para filho através de prática e da vivência diária.
Na antiguidade oriental, a educação passa a ser tradicionalista, e o ensino privilégio de uma pequena elite, ficando a grande nossa excluída e restrita à educação familiar informal. Já a educação grega buscava a informação integral, corpo-espírito e o debate intelectual. Na Grécia nascem a filosofia, da Grécia vêm os sofistas, o diálogo socrático, a utopia de Platão e a pedagogia aristotélica, que embora apresenta-se algumas semelhanças com a grega, ao contrário desta, era mais literária do que filosofia.
Na idade médias o parâmetro educacionais fundamenta-se na ideia do homem como criatura divina, que está na terra apenas “de passagem” e deve preocupar-se primeiramente em salvar a alma e a vida eterna. Há o surgimento de patrística, a defesa da fé e conversão os não-cristãos, e das escolástica, a mais alta expressão da filosofia cristã medieval, que recebeu esse nome por tratar-se de uma filosofia ensinada nas escolas. A educação no período medieval