Etnocentrismo

Ontem, tive a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a cultura Africana. No culto foram debatidas questões referentes ao preconceito e a discriminação, questões essas em que a sociedade brasileira possui altos índices. O culto foi muito rico em informações o que pode complementar meu estudo sobre o etnocentrismo, assunto abordado em minhas aulas de "Homem, cultura e sociedade".
O que seria então esse tal "etnocentrismo"?
Bom, a grosso modo, de um lado temos o grupo do "EU", que come igual, veste igual, gosta de coisas parecidas, acredita nos mesmo deuses ou seja um grupo bastante semelhante em diversos pontos. Ai então, de repente, nos deparamos com um "OUTRO" grupo, que nem sequer faz coisas nossas e sobrevive de outra maneira, e vejam só, ele é totalmente real. Neste choque cultural é que nasce o etnocentrismo, na constatação das diferenças, onde geralmente vamos considerar a cultura oposta como "anormal". Então, segundo Everardo Rocha, "etnocentrismo é a visão do mundo onde nosso grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros grupos são pensados e sentidos através de nossos valores, nossos modelos e nossas definições do que é a existência".
No culto tivemos a presença de pessoas que vieram de Guiné-Bissau, todos eles foram vestidos com roupas tipicas da cultura africana. E nas apresentações foi comentado que muitas pessoas criticam e taxam que quem usa aquele tipo de roupa são pessoas que cultuam o Candomblé, outros falam que são roupas do reggae, e o pior deles, os que falam "E aê Jamaica" (Mal sabem eles que a Jamaica não pertence nem mesmo ao continente africano). E esse tipo de atitude revelam questões etnocêntricas e preconceituosas, bem como revelam a ignorância das pessoas em relação a outras culturas, onde elas acham que apenas a dela é a "normal". Porem para o outro, nós é quem somos os "diferentes".
Portanto, pude concluir, sobre o meu estudo, que o etnocentrismo é, de fato, perigoso. Porque ele pode dar você a incapacidade de pensar