Etnocentrismo
“Etnocentrismo é uma visão de mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência” Define-se, assim, o etnocentrismo nas primeiras palavras do livro “O que é etnocentrismo” (ROCHA, Everardo P. Guimarães.) Isso significa, na realidade, que todos nós possuímos um instinto capaz de identificar tudo aquilo que é “estranho” ou “diferente”. Costumamos separar as coisas em dois grupos: o grupo do “eu” e o grupo do “outro”, essa separação acontece devido a um “fenômeno onde se misturam tanto elementos intelectuais e racionais quanto elementos emocionais e afetivos”, como o autor cita no livro. Essa prática Etnocêntrica não é um fenômeno exclusivo de uma determinada sociedade, mas “talvez o etnocentrismo seja, dentre os fatos humanos, um daqueles de mais unanimidade.” Isso significa, na realidade, que independe de uma cultura ou sociedade em questão, etnocentrismo não é algo unilateral, mas afeta a todos. Acontece a partir do momento que nos deparamos com uma cultura diferente da nossa, seja dentro de um grupo social com os quais convivemos, seja em países ou civilizações distintas, essa “estranheza” é um fenômeno onde não há regra, independe de uma determinada sociedade ou de uma determinada época.
Um ponto importante citado no livro de Guimarães Rocha, é que a Antropologia Social nasceu marcada pelo