etnocentrismo entre irmãos
Prof. Dr. Luis Sérgio Krausz
Literatura Judaica Moderna I
Euzébio José dos Santos Júnior
# USP 7616121
Introdução
Desde o relato bíblico da formação das doze tribos de Israel, tem havido entre os judeus diferenças sobre a interpretação do modo correto de viver diante das regras sociais e religiosas próprias à religião judaica.
Com o passar dos anos, a distância física entre esses grupos e a diferença quanto à interpretação da Torah e do Talmud além de outras concepções inerentes à cada um desses grupos, intensificou essas diferenças.
Nesse trabalho abordarei o conceito de civilização para dois grupos a saber os judeus do leste europeu e os judeus do restante da Europa.
Análise
Após a segunda diáspora judaica, por volta do ano 70 d.C, o povo judaico se dispersou pelo mundo com maiores concentrações na parte leste da Europa e na península Ibérica, que posteriormente migraram para o norte da Europa e América do Norte. O grupo que passou a residir no leste europeu passou a ser conhecido como “ashkenazi” e o segundo, “Sefardi”. Após esses dois grupos fixarem residência nesses territórios, passaram a observar sua religião e viver de acordo com sua cultura, sempre vivendo à margem das sociedades não-judaicas, inclusive em um local separado.
O fato de não aceitarem a fé cristã, fazia com que os cristãos não aceitassem a presença do povo judeu em seu meio, além disso, as ordenanças da religião obrigavam os judeus a viverem de forma separada, pois tinham hábitos alimentares, culturais e religiosos bastante diferentes dos cristãos e por esse motivo viviam segregados em locais afastados das cidades chamados “guetos”, derivação da palavra italiana “getto”. Nos “guetos” os judeus possuíam certa liberdade religiosa, apesar dos recorrentes ataques das pessoas cristãs à essas comunidades na forma de ataques físicos diretamente, como a