Etienne De La Boetie

1426 palavras 6 páginas
FICHAMENTO
DISCURSO DA SERVIDÃO VOLUNTÁRIA
ETIENNE DE LA BOÉTIE
O Discurso da Servidão Voluntária ou O Contra Um
“Em ter vários senhores nenhum bem sei,
Quem um seja o senhor, e que um só seja rei.”
– Ulisses em Homero
“Mas para falar com conhecimento de causa, é um extremo infortúnio estar-se sujeito a um senhor, o qual nunca se pode se certificar de que seja bom, pois sempre esta em seu poderio ser mau quando quiser; e em ter vários Senhores - quantos se tiver quantas vezes se é extremamente infeliz” (p. 11)
Objetivo do texto não é dizer que forma de governo é melhor – república ou monarquia – mas sim: “Por hora gostaria apenas de entender como pode ser que tantos homens, tantos burgos, tantas cidades, tantas nações suportam às vezes um tirano só, que tem apenas o poderio que eles lhe dão, que não tem o poder de prejudicá-los senão enquanto tem vontade de suportá-lo, que não poderia fazer-lhes mal algum senão quando preferem tolerá-lo a contradizê-lo.” (p. 12)
Afinal: “Entre nós, homens, a fraqueza é tal que frequentemente precisamos obedecer à força.” (IDEM) – o autor, ao que me parece, tem certa melancolia ao aceitar, até certa medida, o “mal pacientemente”.
A natureza humana – muitas vezes diminuímos nosso bem-estar para aumentar a honra e a vantagem daquele que se ama e que o merece.
Enfim, que infortúnio é esse? Chamaremos isso de covardia? Desprezo ou desdém? Falta de fibra?
Como pode chegar ao ponto onde um “... homem trate cem mil como cachorros e os prive de sua liberdade? (...) No entanto, não é preciso combater esse único tirano, não é preciso anulá-lo; ele se anula por si mesmo, contanto que o país não consinta a sua servidão; não se deve tirar-lhe coisa alguma, e sim nada lhe dar; não é preciso que o país se esforce a fazer algo para si, contanto que nada faça contra si. Portanto são os próprios povos que se deixam, ou melhor, se fazem dominar, pois cessando de servir estariam quites; é o povo que se sujeita que se degola que, tendo a escolha

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