Etica

Com base no tema abordado, chegamos à conclusão que o mercado de trabalho é uma das principais consequências do chamado regime de acumulação flexível. Ele é caracterizado pela redução dos salários, ausência de garantias ou benefícios e riscos a segurança.
O trabalhador de hoje não é mais especializado, ele é polivalente, ou seja, realiza mais de uma tarefa, operando várias máquinas.
O emprego de trabalhadores assalariados com carteira assinada teve um aumento de 3,5 % (0,4% ao ano) enquanto os que trabalham sem a carteira assinada teve um aumento de 72,7% (6,3% ao ano). O que salienta ainda mais o quadro de insegurança no trabalho já existente.
Temos com respaldo principal, o teórico Offe que vem analisando a sociedade atual juntamente com o fim da centralidade do trabalho na reprodução social. Com relação a diminuição do tempo e sobre as questões éticas do trabalho, é evidenciada o “novo subjetivismo sociológico”. Ele defende que o poder coercitivo da ética do trabalho pode ter sido adicionalmente enfraquecido pelo fato de que ela geralmente só pode funcionar sob condições que (pelo menos até certo ponto) permitam aos trabalhadores participar em seu trabalho como pessoas reconhecidas e moralmente atuantes. É bastante incerto se, e em que áreas do trabalho social, esta precondição está sendo hoje satisfeita. Na medida em que são moldados no padrão de "taylorização", processos de racionalização organizacional e técnica parecem resultar, ao contrário, na eliminação do "fator humano", e de suas qualidades morais, do processo de produção industrial (Kumar, 1979, p. 15). (OFFE, 1989, p. 13)

O autor do artigo denomina um novo tipo de trabalhador – “o peão ilustrado”, ou seja, um trabalhador que tem necessidade de adquirir conhecimentos para se manter no mesmo lugar. Contudo, a maioria dos patrões não se preocupam em investir nesses jovens, esquecendo-se da suma importância da especialização dos mesmos.
Achamos muito interessante a análise de perfil do