etica
Todos nós temos costumes, jeito de andar, de falar, de se comportar, mas será que já paramos para pensar de onde eles vieram? O ser humano, diferentemente dos outros animais não nasce com instintos, não nasce programado, mas constroi a sua realidade.
Segundo os autores, o homem necessita dar sentido ao mundo, construir um ambiente onde o “caos” é superado. É nesse processo que construimos a cultura, que para os autores é a nossa segunda natureza. A partir do momento em que nascemos e crescemos, passamos por um processo chamado “interiorização”, que é a absorção dos valores estabelecidos pelo nosso grupo. Não nascemos programados, mas determinados a compartilhar a cultura do meio a que pertencemos. A nossa segunda natureza, exerce uma forte influência no modo em que vemos o mundo, pois interpretamos as coisas à luz da nossa propria realidade, ou seja, daquela que fomos educados. É por isso que existem os conflitos de valores a respeito daquilo que é considerado certo pra mim e errado para as outras pessoas, pois nós julgamos as coisas a partir dos parâmetros do grupo a que pertencemos.
Porém, o processo de interiorização da cultura não é integral. Nós somos seres racionais, pensantes, e temos a capacidade de desenvolver um senso crítico a respeito das coisas que nos cercam. É isso que nos permite analisar os valores que nos são impostos e legitima-los ou não. Isso explica a não aceitação dos costumes por parte de alguns membros de um determinado grupo. O questionamento dos valores do seu próprio grupo social, é considerado heresia, e em certos grupos é imputado até pena de morte. Mas, na teoria da perspectiva progressista, esse não contetamento da realidade vigente é o que impulsiona o progresso. A visão de um futuro mais igualitário, mais ético, é o que nos motiva a repensar