etica
-Síntese de cada ponto de leitura:
Após Sócrates recebe a sentença de morte, e começa por responder a aqueles que o condenaram. Afirmando que não foi sua falta de argumentos que o levou a condenação e sim sua recusa a se defender indignamente e agir de forma que os jurados tivessem misericórdia dele. “É possível que tenhais acreditado, ó cidadãos, que eu tenha sido condenado por pobreza de raciocínio, com os quais eu poderia vos persuadir, se eu tivesse acredita do que era preciso dizer a fazer tudo, para evitar a condenação. Mas não é assim. Cai por falta, não de raciocínios, mas de audácia e imprudência, e não por querer dizer-vos coisas tais que vos teria sido gratíssimas de ouvir, choramingando, lamentando e fazendo e dizendo muitas outras coisas indignas, as quais, certo, estais habituados a ouvir de outros.”
E os censura por considerar que a sua acusação prejudicará a cidade, que ficará conhecida por sentenciar um sábio à morte.
“Digo-vos, de fato, ó cidadãos que me condenaram que logo depois da minha morte virá uma vingança muito mais severa, por Zeus, do que aquela pela qual me tendes sacrificado. (...) Em maior número serão os vossos censores, que eu até agora contive, e vós reparastes. E tanto mais vos atacarão quanto mais jovens forem e disso tereis maiores aborrecimentos.” Sócrates considera aqueles que votaram a seu favor como os verdadeiros juízes, pois estes votaram de acordo com a justiça. Para eles Sócrates diz que seu "daimon" não quis impedi-lo no seu discurso, pois esta era a forma correta de agir. Daimon são seres que se assemelham aos gênios da tradição árabe, sendo relacionados aos elementos da natureza ou das afetações humanas de corpo e espírito. Agindo como intermediários entre os deuses e os homens, um mesmo daimom pode representar o bem e o mal conforme as circunstâncias.
“A mim, de fato, ó juízes - uma vez que, chamando-vos juízes vos dou o nome que vos convém - aconteceu qualquer