etica
Durante as passeatas, cerca de cem advogados se revezaram nas delegacias, ruas e hospitais, atuando em casos de excessos das forças policiais. Além de liberarem pessoas indevidamente presas, estiveram presentes em situações como a que levou centenas de estudantes e professores a se refugiarem nos prédios do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) e na Faculdade Nacional de Direito, ambos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na noite do dia 20.
Presente à ocasião, o vice-presidente da Seccional, Ronaldo Cramer, ressaltou a solidariedade dos colegas: "Foi formada, quase que de forma automática, uma rede de colaboração entre a Ordem e advogados voluntários para socorrer os manifestantes, para defender a ordem jurídica e a própria advocacia. Isso me emocionou, foi algo que eu nunca tinha visto".
"Vi advogados que ficaram até a manhã em delegacias, tentando retirar o último manifestante recolhido indevidamente. Esses colegas não só honraram as melhores tradições da nossa casa, como criaram um movimento que não deve ser perdido agora", disse ainda.
O presidente da Caarj, Marcello Oliveira, que também atuou nas manifestações, reforçou: "Esses advogados que estão aqui compreenderam a importância de a OAB estar na rua. E nós não vamos arredar pé, não vamos nos afastar de forma alguma dessa essência, que é a defesa da liberdade de manifestação e das garantias individuais dos cidadãos. Hoje a Ordem tem seu papel reconhecido, hoje a Ordem é maior graças à atuação desses advogados, que agora podem seguir nesse caminho e criar lideranças em seus próprios seguimentos. Este ato marca um episódio histórico para a nossa classe"( Fonte: OAB-RJ. junho