etica
DISCIPLINA DE ÉTICA E RELAÇÕES HUMANAS NO TRABALHO
Profª Denise Gomes Coelho
AULA 3 - Refletindo sobre a Liberdade
“Um homem não pode ser mais homem do que os outros, porque a liberdade é semelhantemente infinita em cada um”. “Quando, alguma vez, a liberdade irrompe numa alma humana, os deuses deixam de poder seja o que for contra esse homem”. Jean- Paul Sartre (1905-1980).
Este filósofo do séc. 20 teve como um de seus temas de reflexão a liberdade. Porém, desde a Antiguidade o tema liberdade é motivo para reflexão de filósofos. Em Platão podemos perceber que a liberdade individual é capaz de atribuir mérito ou demérito, segundo os atos realizados pelo próprio indivíduo, sendo que as leis são o peso utilizado para denominar o mérito ou não.
Na Idade Média, os limites da liberdade eram definidos segundo conceitos elaborados partindo do conflito razão X teologia. Então eram elaborados basicamente pela religião predominante na Europa, o cristianismo.
Considerado o pai da filosofia moderna, Descartes, conceituando Liberdade, apontou para o que denominou liberdade de indiferença, cuja característica principal é a "adesão sem razão a uma de duas contrárias igualmente possíveis", considerando ser esse o grau mais baixo de liberdade humana. Podemos perceber que Descartes já pensava na crise entre Teologia e Razão vivida no final do séc. XVII e início do séc. XVIII. Ele acredita, então, que o que é feito sem o uso da razão não assegura a liberdade completa.
Na Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948, foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos Humanos cujo Artigo I diz que “Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos”. Nos demais 29 artigos da Declaração, são especificados e reforçados os direitos e as liberdades do homem.
Kant definiu a liberdade como um postulado da razão prática, caracterizado pelo imperativo categórico. A declaração dos direitos humanos apresenta uma certa