etica e moral
Antes de procedermos a algumas reflexões sobre formas de relacionamento familiar, precisamos ver a família de forma ampla como um sistema vivo onde os componentes reagem e influenciam-se uns aos outros de forma recíproca.
Os membros não estão isolados dentro da família e seus comportamentos não se devem exclusivamente a fatores de personalidade. O comportamento inadequado ou o relacionamento conflituoso deve preferencialmente ser entendido a partir da relação familiar interpessoal e até mesmo a partir de questões transgeracionais (modos de interações, reações, ações, sentimentos, comportamentos, expectativas e etc, aprendidos na família de origem e perpetuadas na família atual).
Entretanto, não basta apenas ler um receituário de dicas prontas sobre relacionamento familiar e deixar o resto nas mãos do outro cônjuge como o único responsável pela construção de uma família saudável.
Construir um relacionamento familiar benéfico requer auto-observação, disposição para autocrítica e para mudanças. Vai além da mera aquisição de informação sobre o próprio funcionamento.
Relacionar-se é ao mesmo tempo estar ligado e diferenciado dos outros componentes dum sistema. Muitos comportamentos disfuncionais na família acontecem devido ao desequilíbrio entre ligação e diferenciação dos componentes familiares.
Há vínculos afetivos e psicológicos envolvidos numa relação familiar, e ao mesmo tempo espaços de privacidade, de autonomia e de individualidade que devem ser respeitados. Um desequilíbrio entre vínculos psicológicos e espaços de individualidade é o que pode comprometer o relacionamento familiar saudável ao provocar ou impor dependência psicológica na relação.
Se os componentes familiares estiverem tão ligados uns aos