ETICA A NICOMACOS

617 palavras 3 páginas
ÉTICA A NICOMACOS – LIVRO V
Aristóteles procura fazer uma profunda análise da natureza da justiça, as razões de ser justo e o ser justo de fato. Para tanto ele apresenta vários argumentos e exemplos buscando elucidar a mais fidedigna noção de justiça ao leitor. Logo, ao começar, Aristóteles desenvolve a ideia do que é ser justo, lembrando que os homens, em geral, entendem por justiça uma disposição a fazer o que é justo, em contrapartida o mesmo se dá a quem pratica a injustiça.
Ao longo do texto o autor também se preocupa em mostrar que o fato de alguém ter cometido alguma injustiça não o torna uma pessoa injusta, com isso ele deseja mostrar que a justiça ou a injustiça no ser humano vem a ser um estado e não parte de sua natureza, podendo ele variar entre a justiça e a injustiça. Aristóteles procura demonstrar que muitas vezes um estado ou situação só vem a ser reconhecido pelo seu oposto. O autor assevera, então, que uma condição quando passa a ser conhecida por alguém, este mesmo alguém também adquire a capacidade de reconhecer o oposto desta condição pelo simples fato de conhecê-la. Fazendo uma analogia, uma pessoa só pode reconhecer que algo está sujo se antes conheceu o estado limpo desta mesma coisa. É possível ainda deduzir do texto que em sociedade ser justo é apenas seguir o código de leis que rege esta sociedade, sendo então compreendido por justos somente aqueles que não transgridam as leis definidas, não querendo isso dizer, no entanto, que esta mesma pessoa possa ser considerada virtuosa. A justiça, então, é o elemento social que visa corrigir uma injustiça, injustiça esta que deve ser analisada sempre como uma relação entre o injusto e o injustiçado. Quando há uma injustiça, tipo de desequilíbrio, precisa o juiz definir a melhor sentença que venha a trazer o equilíbrio às partes envolvidas. Explica, ainda, o autor, que equilibrar as partes envolvidas e, portanto compensar a injustiça cometida, não é necessariamente cometer o mesmo ato ou

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