etica a nicomaco livro VII
VII
Neste capítulo, Aristóteles trata da reciprocidade existente entre a forma de amizade que se dá entre um superior e um inferior. Exemplo é a superioridade existente entre um pai e filho, ou de alguém subordinado ao senhor. Cada tipo de amizade terá uma reciprocidade particular. O que uma parte receberá da outra será proporcional ao seu estado, ou seja, a relação será diferente entre um pai e um filho, e entre um senhor e um subordinado. Cito: “quando as crianças dão aos pais o que lhes é devido e os pais dão aos filhos o que devem dar por serem crianças, as relações de amizade que existe entre eles é duradoura e adequada”. Ou seja, quando há uma reciprocidade entre as partes, a amizade passa e ser mais firme e duradoura. Ele fala também que não pode existir amizade entre pessoas inferiores e pessoas superiores.
VIII
Neste capítulo, Aristóteles trata da honra e do amor, fazendo um paralelo com a amizade. Para ele o sentimento de ser amado está muito próximo do sentimento de ser honrado, mas o sentimento de amor se sobrepõe ao sentimento de honra, pois nele encontra-se uma alegria absoluta. Mais na frente ele afirma que a amizade, de certo modo, consiste mais em dar amor do que o de receber, e que a excelência dos amigos consiste nesse fato, capacidade de dar amor. “Os que são úteis uns aos outros e os que sentem prazer na companhia uns dos outros permanecem amigos por mais tempo”. Assim, existem meios pelo qual uma amizade pode surgir, pode ser por meio da utilidade ou por meio do prazer, no entanto, o tempo de duração entre eles pode variar, de acordo com o benefício relativo à utilidade, ou o tempo em que uma pessoa pode dar prazer a outra. A amizade que tem por base a utilidade se dá na maioria das vezes entre opostos, pois é a partir dessa diferença que surgem as necessidades que o outro pode suprir. Por exemplo, a amizade entre um rico e um pobre.
IX
Neste capítulo, ele aborda sobre a justiça e a amizade, num parâmetro relativo