Etica - a crise dos valores na modernidade
A CRISE DOS VALORES NA MODERNIDADE
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O CONHECIMENTO
O pressuposto básico que orienta a consciência moral e, portanto, o exercício da liberdade é o conhecimento. Com isso queremos dizer que o homem ignorante, dotado de uma consciência ingênua, imediatista e simples age determinado por necessidades particulares. Ele não problematiza, não põe em questão a realidade a sua volta. Logo, não exercita sua liberdade de escolha, de decisão.
O termo ignorância é aqui usado para indicar ausência de conhecimento, falta de informações, de dados que permitam ao indivíduo tomas uma posição coerente com a situação com a qual se depara.
Mas é importante saber que, se por um lado somos seres determinados biologicamente e socialmente, por outro podemos decidir fazer escolhas modificar o já existente.
E como é que convivemos com essa situação que parece tão contraditória?
Com clareza identificamos certas determinações vindas do nosso próprio corpo. Ele exige que suas privações e carências sejam atendidas. Não podemos, por exemplo, nos privar de comer, espirar, reproduzir, herdar e transmitir características genéticas.
Do mesmo modo é irrecusável o fato de que nascemos numa certa época histórica, numa cultura (com seus valores e crenças), num país ( com suas circunstâncias política e econômica), numa família. Somos todos ocidentais, fazendo a passagem para o terceiro milênio, vivendo a revolução tecnológica. Some-se a isso a herança das culturas índia e negra, o fato de que vivemos num país em fase de desenvolvimento – mas parte do terceiro mundo – moramos numa metrópole ou no interior e pertencemos a uma família pobre ou de classe média.
Essa primeira ordem de conhecimento é fundamental ao exercício da liberdade. Somente o homem consciente de suas determinações ( limitações, obstáculos) pode exercer sua consciência crítica e, por meio dela modificar a ordem existente, escolher viver não da forma que está posta, mas de outra.
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