etica no Contexto
O psicólogo, particularmente aquele que está inserido na instituição hospitalar, defronta-se constantemente com problemas que envolvem, solicitam e exigem posicionamentos éticos, seja no trato com seus pacientes, em alguns casos vivendo no limite suportável de sofrimento, seja com seus colegas e outros profissionais com os quais divide, com maior ou menos poder e importância social, o espaço hospitalar. (OLIVEIRA, 1995)
Embora existam relatos da presença de psicólogos no contexto hospitalar mesmo antes da regulamentação profissional, segundo Campos (1988), parece razoável, a partir dos inúmeros estudos acerca da realidade da profissão no Brasil, a suposição de que somente nos últimos anos, com a mudança mais ampla da configuração do campo profissional do psicólogo, este logrou inserir-se de forma estável e significativa no ambiente hospitalar.
Na tentativa de dimensionar o campo de atuação, Campos (1988) afirma que, enquanto profissional de saúde, o psicólogo teria “papel clínico, social, organizacional e educacional”, na forma de assistência psicológica que incluiria, enquanto clientela, além do paciente e seus familiares, a equipe multiprofissional e demais funcionários do hospital; e enquanto atividades, assessorias, consultorias e interconsultas psicológicas. Lamosa (1987) vai além, sugerindo que o psicólogo que trabalha em hospitais necessitaria “desenvolver uma imagem mais ampla como profissional de saúde, assumindo seu potencial de avaliação e manejo de problemas de saúde, além daqueles usualmente tidos como da alçada do psicólogo, ou seja, o emocional e o psicopatológico”. Se suposta a irreversibilidade de sua inserção no contexto hospitalar, admite a autora que os referenciais (teóricos, acadêmicos, práticos e éticos) da Psicologia necessitam ser revistos.
O atraso da psicologia em ocupar deu espaço, talvez tenha sido o maior responsável pela banalização do nosso campo de trabalho. Segundo Oliveira (1995), todos os outros