Falar e fazer educação implica pensar e agir eticamente, de acordo com a afirmação de Baptista (2005, p. 9). Na grande obra da construção humana, a educação entra como uma tarefa indispensável, atuando em um mundo e sobre seres marcados por diversidades incontáveis. Diante deste universo de diferenças, de complexidades e de paradoxos, a dimensão axiológica se impõe por se tratar de uma ação de sujeitos sobre o contexto circundante e por se dar em um espaço de vida de educandos e de educadores. As exigências do saber pedagógico como um saber teórico-prático, envolvem posturas éticas e morais desde a clarificação das finalidades da educação até a sua prática como um compromisso individual e coletivo. Entretanto, é preciso ter claro que a busca de uma educação marcada por aspectos éticos nunca se dará de uma forma absoluta e completa, como já foi dito anteriormente. Estamos sempre tratando da condição humana que, naturalmente, é marcada pela imperfectibilidade e pela incompletude. De sorte que se impõe a ideia de se buscar uma educação em que os aspectos éticos estejam presentes. Contudo, isto sempre se dará de uma forma incompleta e imperfeita. Por isso, haveremos de falar, não na impossibilidade absoluta de haver uma educação sem ética, mas de uma busca de aproximação entre ambas. Porém, sabe-se que a justa medida será sujeita a tantas variáveis quantas são as relações humanas; isto quer dizer, serão infinitas as interveniências na construção de uma educação ética. O ideal será sempre algo a ser atingido e nunca algo dado de forma acabada e perfeita. Perseguiremos, portanto, os múltiplos caminhos que apontam para uma aproximação entre a educação e a ética, sem podermos quantificar os seus limites. Em um mundo cada vez mais violento e individualizado, a escola e o corpo docente tem o dever de tentar promover uma reflexão com os alunos sobre os valores humanos, que andam esquecidos pela maioria da sociedade, especialmente pelos jovens. Esse tipo de reflexão pode