Etica crista
Resumo do 1° capítulo do livro “O Destino do homem e do mundo” de Leonardo Boff.
Vocação Transcendental e Escatológica da Criação toda
Vocação é um chamamento, uma destinação e um futuro. A vocação orienta-se eminentemente para um futuro e deve realizar-se no presente. A vocação transcendental e escatológica da criação toda é aquela vocação que se apresenta como a derradeira e que transcende às vocações e os fins imediatos e penúltimos que ela possa ter. Busca saber qual é a última e definitiva meta pela realidade conhecida por nós.
Segundo Herman Kahn e Anthony Wiener, do Hudson Institute, a sociedade atual afogou a sensibilidade para a pergunta de um sentido radical e último da realidade total que nos cerda. Alguns teólogos tiraram as consequências de tal verificação. Com isso confesso: à totalidade do mundo não preside um sentido derradeiro e transcendente, decifrado como Deus.
A consequência da morte de Deus em nossa cultura, já o observava Nietzsche, consiste na perda da jovialidade, representa, portanto, o momento da transcendência que nos faz exclamar: apesar de tudo, vale a pena viver!
O homem não se sente e em cada lugar diante de Deus.
O homem anda bem se estiver em sintonia permanente com o centro fora dele. Por isso vive na extrapolação e nas transcendências. A pergunta que busca o sentido último certamente não ocupa mais o centro visível e fenomenológico dos interesses, mas está bem presente na estrutura mesma de nosso modo de ser.
A história evolutiva do mundo e do homem constata uma pluriformidade rica de dimensões e contradições de toda ordem. Apesar de todas as reservas e ambiguidades não se pode negar que “a meta da evolução do cosmo anorgânico esteve aí para possibilitar o sentido da evolução da vida sobre toda a Terra constituiu em possibilitar o surgimento do homem em sua unidade corpo e espirito.” O homem não deixa de confiar na bondade radical da vida. O sociólogo austríaco