Etapa Concorrencial do Capitalismo
Para que haja o chamado capitalismo concorrencial, algumas estruturas são necessárias: aparelho industrial integrado, diferenciação de departamentos que produzam bens de consumo e meios de produção, sistema de crédito para mobilidade do capital e trabalhadores livres. Há, portanto, a centralização de capitais, mas não há monopólio: cada empresa controla a parte que lhe cabe do capital social. O capital exigido para investimentos é pequeno (propiciando o surgimento de novos capitais individuais) e a tecnologia, é simples. O que determinou a industrialização dos países foi a etapa do capitalismo vigente (concorrencial) e o passado feudal dos mesmos; com exceção dos Estados Unidos.
1.1 Gênese do capitalismo concorrencial
A etapa concorrencial do capitalismo, segundo Oliveira (2002), iniciou-se com a industrialização e durou aproximadamente 30 anos (1830-1860), quando a indústria instalava-se em vários países (de industrialização atrasada, os chamados “de primeira e segunda onda”, segundo o mesmo autor) como França, Alemanha, Rússia, Itália, Japão e Estados Unidos.
Ao fim do ciclo têxtil na Inglaterra, iniciou-se a construção ferroviária, que resultou na mania ferroviária. Os setores que produziam meios de produção assumiram aos poucos a liderança da expansão econômica; os produtores de bens de consumo passaram a uma posição subordinada àqueles e o processo de o processo de acumulação na metalurgia, mecânica, mineração e outros campos da ciência dinamizava esse setor.
A nova tecnologia era nada mais que adaptações e transformações de produtos e processos da Revolução Industrial, não sendo necessário conhecimento científico. Dentre as inovações do período destacam-se o navio a vapor e novos processos siderúrgicos. Os homens práticos (trabalhadores especializados) geravam a tecnologia e, como eram sua portadora, a difundiam.
A construção de ferrovias representa a nova fronteira da acumulação e exige o abandono das formas de