ETA grupo Terrorista
O Euskadi Ta Azkatasuna (ETA), que significa Pátria Basca e Liberdade no dialeto local, surgiu no fim da década de 1950 como um movimento de resistência estudantil, que se opunha radicalmente à ditadura militar do general espanhol Francisco Franco. Anteriormente, os bascos haviam obtido autonomia na República Espanhola, mas ela fora revogada pelo regime de Franco, que depois da Guerra Civil reprimiu com dureza os movimentos regionalistas. A língua basca foi proibida, a cultura local, suprimida, e os intelectuais, presos e torturados. A partir de 1968, os integrantes do grupo passaram a adotar a violência com método.
O que defendem os partidários do movimento?
A primeira assembleia do grupo separatista ocorreu na França, em maio de 1962, e determinou como metas as seguintes resoluções: a nacionalidade basca passaria a ser deteminada por sua língua própria, a "euskera"; o movimento seria desvinculado de qualquer religião; prevaleceria o ideal socialista entre os partidários do movimento; o objetivo final seria a independência do País Basco.
Como o ETA é visto pelo mundo?
Durante a ditadura franquista, o grupo contava com o apoio da população e até com ajuda internacional ampla, devido ao seu posicionamento contra o regime, como conta reportagem de VEJA de novembro de 2000. Com o processo de democratização, que teve início a partir de 1975, esse apoio foi se enfraquecendo, até o ETA ser visto como um pária pela comunidade internacional. Atualmente, a organização é classificada como grupo terrorista pelos governos da Espanha, França e Estados Unidos, União Européia e pela Anistia Internacional. Contudo, conta com ajuda externa de alguns países, como autorização para bases de treinamento na Líbia, Líbano e Nicarágua, além de abrigo em Cuba e em parte da América do Sul.
Como e onde eles agem ?
O lema da organização é Bietan jarrai, que significa "seguir nas duas", ou seja, nas lutas política e militar. Seu símbolo é uma serpente