Estágio administrativo
Autor: Reuters (Agrolink)
Ainda que seja pequeno, haverá crescimento na próxima safra de laranja de São Paulo, avaliou o presidente-executivo da CitrusBR, a associação dos exportadores de suco do Brasil.
O aumento na produção deverá ocorrer após o Estado, que responde por cerca de 85 por cento da produção do Brasil, ter colhido em 2010 o menor volume desde 2003, segundo fontes da indústria.
Ele ressaltou que previsões mais precisas sobre a produção no maior exportador mundial de suco de laranja só poderão ser obtidas ao final de janeiro, quando ficarão mais claros os resultados das últimas floradas para a nova safra, ocorridas em dezembro.
A última colheita paulista foi estimada pelo Ministério da Agricultura em 292,7 milhões de caixas de 40,8 kg, na primeira estimativa do governo federal para a produção do Estado, que apontou um número semelhante ao da indústria, considerando que quase 50 milhões de caixas são destinadas ao mercado in natura.
"Ano passado choveu muito e este ano teve seca, mas a florada foi melhor. Ano passado teve estrelinha (doença fúngica), caiu muito chumbinho (frutos em estágio inicial), então a safra de 2010 foi menor, por isso os preços que se pagaram na laranja...", declarou Lohbauer.
No mercado "spot" houve pico de negócios em São Paulo a até 17 reais por caixa neste ano, contra 3,5 reais do valor mais baixo registrado no ano passado, uma disparidade de preços que o setor tenta evitar nos próximos anos com a implantação de uma entidade formada por produtores e indústria (Consecitrus) que poderia ocorrer em 2011, segundo o executivo.
"Existe um movimento genuíno de organização da cadeia, o que significa harmonizar o comércio da fruta, evitar picos e quedas", afirmou ele, acreditando que o chamado Consecitrus só deve começar a funcionar efetivamente em 2012.Em 2009, quando os preços atingiram aquele patamar baixo, a safra paulista foi estimada pelo governo do Estado em 355 milhões de caixas.
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