Estudos
GH
O hormônio do crescimento (GH) está envolvido no controle do metabolismo, principalmente no sentido do anabolismo. Seu pico de secreção ocorre na puberdade e sua produção cai com a idade, alcançando uma relativa estabilidade, porém em níveis baixos, por volta dos 60 anos. O GH pode atuar diretamente nos tecidos ou através do IGF-1, que é um fator produzido principalmente no fígado, sob o estímulo do GH, e que atua nos tecidos-alvo causando os efeitos metabólicos característicos do hormônio do crescimento como, por exemplo, o aumento da massa óssea e muscular.
Com o envelhecimento ocorre um aumento na produção da somatostatina, hormônio inibidor da liberação do GH, e uma diminuição do GHRH, hormônio que induz a liberação de GH. Com isso há uma redução nos níveis do hormônio do crescimento, levando a características próprias da idade como a diminuição das massas óssea e muscular, assim como do metabolismo basal. Os efeitos da depleção de GH na velhice podem ser contrabalanceados por reposição hormonal, levando a uma melhora inclusive na memória, no rendimento cardíaco e no sistema imune, embora possa causar efeitos colaterais graves como, por exemplo, a cardiomegalia.
HIPOTIREOIDISMO
Outra alteração metabólica comum na terceira idade é o hipotireoidismo. Na forma subclínica, aquela assintomática, este problema atinge até quatorze por cento da população idosa. Um grave problema do hipotireoidismo nessa população é o subdiagnóstico. Isso ocorre, pois sintomas como pele escamosa, constipação, intolerância ao frio, fadiga são confundidos com características comuns da idade. Dessa forma, a doença evolui de forma silenciosa podendo ter conseqüências graves como edema pulmonar e insuficiência cardíaca. A forma mais comum de hipotireoidismo nessa faixa etária é a tireoidite de Hashimoto que consiste numa doença auto-imune com infiltração linfocítica, que leva à substituição gradual do tecido glandular por tecido fibroso,