Estudos Surdos II
História dos surdos: representações “mascaradas” das identidades surdas
Karin Lilian Ströbel
O povo surdo.
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Esta expressão está fundamentada nas bases da cultura, pois os surdos são um grupo cultural à parte, eles têm sistemas diferentes de comunicação como: a escrita da língua de sinais, a língua de sinais, também possuem história, pedagogia, didática, literatura, artes, etc.
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É preciso haver uma integração de fato entre nossas culturas, nós ouvintes e os surdos, para podermos compreender sua visão do mundo, suas percepções e sentimentos. Um bom exemplo são os CODAS filhos de surdos, porém, são ouvintes eles são fontes importantes para a formatação dessa integração na perspectiva dos surdos, suas opiniões e conceitos sobre nós ouvintes.
É importante que os projetos para surdos tenham cada vez mais surdos trabalhando neles, nas escolas, oficinas e pesquisas em todos os níveis de desenvolvimento assegurando assim uma legitimidade e uma real abrangência de todas as necessidades importantes que os surdos necessitam para manter e aperfeiçoar a sua cultura.
A sociedade dominadora sempre impõe a sua forma cultural como modelo para todas as outras, tendo assim, o diferente que se adaptar a sua formatação, caso contrário será visto como uma incapacidade ou incompetência daquele que não a pratica.
No caso dos surdos a sociedade ouvintista não respeita a identidade surda, taxando-a como deficiência e tentando introduzir o surdo ao modelo utilizado por eles, ignorando completamente que o surdo é totalmente autônomo, tendo em sua cultura sistemas bem desenvolvidos que lhes permitem exercer qualquer tipo de atividade dentro e fora de sua cultura.
O preconceito por falta de informação •
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A maioria das pessoas não tem conhecimento da cultura surda, não sabem diferenciar o deficiente auditivo, aquele que um dia ouviu, e por uma série de motivos pode vir a perder parcialmente a audição ou total, ou o surdo que nasce sem nunca ter tido a experiência