Estudos disciplinares
|Sejus recebe mais de R$ 1,5 milhão para ressocialização de presos e projeto está parado |
Desperdício de dinheiro público. É o que se pode constatar em uma fábrica de material esportivo que fica dentro do Instituto de Readaptação Social (IRS), em Vila Velha. Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Espírito Santo, o espaço, que foi montado para que presidiários trabalhassem e aprendessem uma nova profissão, está abandonado.
Os materiais comprados para a confecção de bolas de futebol e basquete estão espalhados no chão. Boa parte dos produtos, como cola e tinta, estão com a data de validade vencida. A tinta, por exemplo, foi produzida em 2005 e tinha dois anos de validade.
A fábrica foi inaugurada pelo governo do Estado em 2001. Máquinas e produtos destinados à confecção de material esportivo foram comprados pela Secretaria de Justiça do Espírito Santo (Sejus) com uma verba do Governo Federal. O valor do investimento ultrapassa R$ 1,5 milhão.
O objetivo do projeto chamado de "Pintando a Liberdade" era profissionalizar os detentos. Ainda não se sabe ao certo por quanto tempo a fábrica funcionou, mas o que o Sindicato dos Agentes Penitenciários quer saber agora é onde foram parar as máquinas da fábrica e porque o Estado abandonou o projeto e deixou tantos materiais estragarem com o tempo.
"Até o momento não sabemos onde foram parar essas máquinas. Entramos em contato com a secretaria que, até o momento, não passou nenhuma informação de para onde foram enviadas essas máquinas. O material já perdeu a validade e até agora a secretaria não passou nenhum posicionamento", disse o diretor do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado, Fabrício Moureira.
As imagens que mostram a situação atual da fábrica foram divulgadas pelo sindicato. O sindicato denuncia que aqui no Espírito Santo os projetos de ressocialização de presos dificilmente saem do papel. "O interno fica