Estudos culturais - global e glocal
Alegria, alegria é o estado que chamamos Bahia
De Todos os Santos, encantos e Axé, sagrado e profano, o Baiano é carnaval
Do corredor da história, Vitória, Lapinha, Caminho de Areia
Pelas vias, pelas veias, escorre o sangue e o vinho, pelo mangue, Pelourinho
A pé ou de caminhão não pode faltar a fé, o carnaval vai passar
Da Sé ao Campo-Grande somos os Filhos de Gandhi, de Dodô e Osmar
Por isso chame, chame, chame, chame gente
Que a gente se completa enchendo de alegria a praça e o poeta
É um verdadeiro enxame, chame, chame gente
Que a gente se completa enchendo de alegria a praça e o poeta
Ah!...a praça e o poeta.
Com base na letra apresentada e nos conteúdos da unidade 1 e do livro da disciplina, discutam as seguintes questões e justifiquem a sua resposta:
1. Em que medida esta composição retrata a nossa “mistura” e, ao mesmo tempo, contradiz a realidade brasileira marcada pelo desrespeito à diversidade? 2. Existe alta cultura e baixa cultura no carnaval e na nossa sociedade? 3. As expressões “somos os Filhos de Gandhi, de Dodô e Osmar” e “o Baiano é carnaval”, demarcam a nossa cultura e identidade. Porque estas generalizações são equivocadas? O que os capítulos 1 e 2 do livro informam sobre estes dois conceitos? 4. O termo “Glocal” (associação entre global e local) pode ser utilizado para interpretar o carnaval baiano?
A letra expressa bem toda essa mistura de cor, religião e classe social que podemos ver na maior festa aberta do mundo. Realmente é um verdadeiro chame gente, onde todos curtem da forma que podem, pois nessa mesma festa é fácil enxergar a desigualdade clara e direta, a exemplo dos camarotes elitizados, das cordas que separam os foliões pagantes dos não pagantes, denominados pipocas.
As culturas estão inseridas nesse contexto por se tratar de uma festa multicultural, no entanto sem poder de escolha para a grande massa.
Na minha ótica, a letra expõe inúmeras diversidades