estudos avançados em psicologia clínica numa abordagem psicanalítica
Gabriel Precioso Guimarães
Campos dos Goytacazes – RJ
Outubro de 2014
Introdução O homem é um ser que demanda sociabilização para viver. Para que haja esse relacionamento mútuo e constante é necessário a presença do outro. Esse processo dinâmico e relacional é iniciado na infância, e trata-se de um desenvolvimento gradual. O vínculo que se estabelece nas relações humanas pode ser denominado transferência. E serve como uma forma de tirar o indivíduo das amarras da realidade empírica, abrindo para o sujeito uma possibilidade de entrada em outra cena.
O termo surge, na obra de Freud “Estudos sobre a histeria” de 1895, especialmente no capítulo 4, e é dado como uma forma de verificar a perturbação do outro, de modo que substitua, na vida mental do paciente, alguém do passado dele pela imagem do analista. A transferência é um conceito central na terapia psicanalítica, porém esse termo sofre várias mudanças no decorrer das obras freudianas.
Origem A psicanálise criada por Sigmund Freud (1856-1939) é uma dimensão do conhecimento responsável por tratar o sofrimento psíquico e compreender o funcionamento mental. Suas noções e teorias são fundamentais para o entendimento dos fenômenos psíquicos que assolam a vida da humanidade. A Sigmund Freud procurou, através da psicanálise, entender a gênese da histeria, da infância, da sexualidade e da subjetividade do homem. A partir das suas abordagens e estudos, traça uma relação que constitui como a priori de qualquer fenômeno psíquico, o inconsciente. O inconsciente para a psicanálise é de suma importância para compreender a vida psíquica, é nele que se fundamenta as teorias psicanalíticas. Este conceito foi dito por Freud, em 1896, afim de suscitar todos os pensamentos que não se encontram na parte consciente do homem. O inconsciente é a área que o indivíduo possui sentimentos recalcados, que parecem ter sido esquecidos, mas que